Em reunião realizada na manhã desta terça-feira (01), em Cascavel, os prefeitos dos 50 municípios membros da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (AMOP), decidiram não adotar o lockdown na região.
Mesmo com o aumento considerável de casos na região e em todo o Estado do Paraná, a Associação preferiu manter a cautela e deseja adotar medidas de combate a disseminação do vírus, mas sem prejudicar o setor comercial, que já sofreu muito durante a pandemia.
A ideia da AMOP é preservar vidas e manter o sistema de saúde em condições de atender com qualidade quem mais precisa, no entanto a entidade também tem como objetivo a manutenção dos empregos e da estabilidade econômica da região.
Além dos prefeitos associados a AMOP também participaram da reunião uma série de entidades e autoridades da região. Dentre os participantes estavam, os representantes das Regionais de Saúde; Cosems-PR; Consórcio de Saúde dos Municípios do Oeste do Paraná (Consamu); Caciopar; OAB - Cascavel; e ACIC.
Confira a nota oficial divulgada pela AMOP na íntegra
Reunidos na manhã do dia 1º de dezembro de 2020, em Cascavel, na 9ª Assembleia Geral Ordinária da Amop, prefeitos associados à entidade, juntamente com diretores de Regionais de Saúde, representantes do Cosems, diretores de consórcios intermunicipais de Saúde, Consamu, presidentes da Caciopar, Acic, OAB-Cascavel e outras instituições, receberam de representantes da Sesa (Secretaria Estadual de Saúde) um panorama geral da situação da Covid 19 na Macrorregião Oeste/Sudoeste, bem como debateram profundamente o tema sob a ótica de preservar vidas e salvaguardar empregos. Diante dessas manifestações, surgiram as seguintes deliberações, aprovadas por unanimidade entre os presentes, a que segue:
Que os Municípios, juntamente com as Associações Empresariais e os setores produtivos locais, deliberam contra a aplicação do lockdown, recomendando a priorização de medidas preventivas e de conscientização coletivas, mediante a mobilização de toda a sociedade em torno da necessidade de ampliar as medidas de prevenção e distanciamento social, evitando aglomerações, dentro da necessária responsabilidade que cada cidadão e cidadã devem possuir, para a garantia da diminuição dos casos da doença. Somente com a atuação de toda a sociedade, seja conjuntamente ou de forma individual, conseguiremos superar esta pandemia, preservando valiosas vidas e imprescindíveis empregos.
Que os municípios deliberem com seus respectivos comitês de emergência, dentro da realidade e autonomia locais, planos de contingenciamento adequados às suas demandas, inclusive com medidas de fiscalização, de fortalecimento de medidas de conscientização, fiscalização e, quando necessário, aplicação de multas, para os infratores que desrespeitarem os cuidados ou promoverem aglomerações.
Também foi deliberado ser requerido junto aos governos estadual, federal e Itaipu Binacional, um plano de ação para as outras demandas emergenciais na área de saúde, envolvendo cirurgias eletivas e procedimentos afins, para garantir o atendimento da salvaguarda de vidas de pessoas que estão com seus nomes em filas de espera, porém represados, por conta de medidas adotadas no período da pandemia.
Por fim, dentro da prudência e responsabilidade da qual sempre posicionou-se esta entidade, ressalta-se que tal desafio motiva uma postura de responsabilidade diária de todos os oestinos e oestinas, em torno das medidas de prevenção e isolamento, cessando de forma imediata as aglomerações, enquanto perdurar a pandemia, para evitar que pacientes fiquem sem atendimento, diante da limitação da estrutura do SUS que, a exemplo do que vemos em outros países, não suportará um crescimento ainda maior de casos. A hora de agirmos coletivamente e de forma responsável é agora. Por isso, convocamos cada cidadão, empresário e trabalhador, a integrar-se neste movimento de “Responsabilidade para salvar vidas e empregos”.