Em mais um jogo de altos e baixos, Grêmio vence a sexta seguida e reafirma estratégia no mata-mata
O Grêmio precisou apenas de 45 minutos para fazer 2 a 1 no Cuiabá na noite de quarta-feira, vencer a sexta partida seguida e largar na frente no confronto das quartas de final da Copa do Brasil. Teve altos e baixos, como o próprio técnico admitiu. Mas reassegurou a estratégia defendida por Renato Portaluppi em mata-matas: construir a vantagem já no primeiro de dois jogos.
Tem sido assim desde que o ídolo tricolor retornou ao clube, em 2016. Nas competições eliminatórias, o Grêmio prioriza o resultado em detrimento do desempenho no primeiro duelo. Assim, joga o desespero ao adversário e usa o regulamento a seu favor no segundo.
No embate contra o terceiro colocado e sensação da Série B, a temperatura de 30ºC à noite também foi um adversário na Arena Pantanal. Mas bastou uma movimentação rápida entre Pepê e Victor Ferraz pela direita para o lateral cruzar na cabeça do artilheiro Diego Souza: 1 a 0.
Com sete minutos, o Tricolor construía o resultado que lhe interessava. Relaxou - e descansou - tanto que o Cuiabá buscou o empate em lance às costas de Bruno Cortez e vitória pessoal de Willians Santana sobre Geromel. O lado esquerdo da defesa, aliás, foi motivo de apreensão aos torcedores durante os 90 minutos.
Apesar de Jean Pyerre, escalado como titular, dominar o meio de campo com passes precisos para a velocidade de Pepê e Ferreira, o Grêmio pouco assustou de fato a meta adversária. Houve tempo inclusive para os donos da casa reclamarem de um pênalti, negado pelo árbitro.
Então, a penalidade surgiu a favor do Tricolor. Em jogada de Bruno Cortez, Pepê ficou com a sobra e foi derrubado por Anderson Conceição. Os jogadores do Cuiabá apontaram que a bola teria saído pela linha de fundo. O árbitro consultou o VAR e confirmou a infração. Jean Pyerre converteu.
- O jogo é de 180 minutos. Foi difícil como previsto, não criamos tanto, mas conseguimos fazer os dois gols. Tivemos oportunidades para ampliar, o adversário teve oportunidades. Cada partida jogamos com uma equipe, o entrosamento não é o mesmo. Importante foi o resultado. Conseguimos uma pequena vantagem e temos 90 minutos dentro da Arena - comentou Renato.
Depois da vitória parcial por 2 a 1 na primeira etapa, o Grêmio fez o que Renato gosta. Transferiu a responsabilidade ao Cuiabá e ficou à espreita dos contra-ataques no segundo tempo. Contudo, não fosse a trave ou o goleiro Vanderlei, a história poderia acabar diferente.
11/11 - Cuiabá 1 x 2 Grêmio - quartas de final da Copa do Brasil
8/11 - Fluminense 0 x 1 Grêmio - 20ª rodada do Brasileirão
5/11 - Juventude 0 x 1 Grêmio - oitavas de final da Copa do Brasil
2/11 - Grêmio 2 x 1 Bragantino - 19ª rodada do Brasileirão
29/10 - Grêmio 1 x 0 Juventude - oitavas de final da Copa do Brasil
25/10 - Athletico-PR 1 x 2 Grêmio - 18ª rodada do Brasileirão
Os gaúchos se viram em apuros por cerca de 20 minutos. Até o Cuiabá praticamente desistir de empatar após perder um gol em cima do outro. Renato deu novo gás à equipe com as saídas dos desgastados Jean Pyerre e Diego Souza.
Dali em diante, o controle voltou aos pés dos gremistas, que passaram a tocar a bola e administrar o resultado. Thaciano perdeu a chance de fazer o terceiro em cabeçada aos 39.
A "pequena grande vantagem" ficou de bom tamanho. O treinador reafirmou que o desgaste da maratona atual permite a comemoração mesmo em atuações sem brilho.
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