16/10/2020 | 11:05 | O Presente
Dois colégios de Marechal Rondon podem se tornar colégios cívico-militares; saiba quais
Rede Estadual
O anúncio de que Marechal Cândido Rondon poderia ser contemplado com um colégio cívico-militar, conforme lei sancionada recentemente pelo governador Ratinho Junior, a qual prevê a implantação de até 200 instituições nestes moldes no Paraná, repercutiu nas redes sociais. A proposta gera muitas dúvidas e questionamentos de que forma seria um colégio que mescla o ensino já tradicional e o militar.

Em visita ao município realizada ontem (15), o líder do governo na Assembleia Legislativa e presidente da Comissão de Educação da Casa, deputado Hussein Bakri, anunciou em primeira mão, ao Jornal O Presente, que Marechal Rondon pode ser contemplado pelo Estado com dois colégios cívico-militares.

As instituições escolhidas para receber a iniciativa precisavam atender algumas exigências e, dentre elas, foram indicados os colégios Frentino Sackser e Marechal Rondon.

Filho de Frentino, o ex-vereador e secretário municipal de Gabinete, Valdir Sachser, comemorou a notícia ao saber de que a instituição que leva o nome de seu pai está na lista da Secretaria de Estado da Educação. “Podem ser implantados dois pela importância, tamanho e dimensão do município”, informou Hussein.

E usa-se o termo “pode” porque a decisão pela implantação ou não ocorre em um processo democrático e no qual a comunidade escolar que deve decidir se aceita a implantação, ou seja, não se trata de exigência do Governo do Estado. “Ninguém é obrigado a estudar em um colégio militar. Só será permitida a criação em cidades que tenham mais do que dois colégios. Isto porque não podemos implantar um colégio cívico-militar em uma cidade que tem uma única instituição. É importante que se diga que a aprovação pela implantação passa pela comunidade escolar. Ela vai votar. É uma espécie de plebiscito em que vai se manifestar se quer ou não o colégio cívico-militar”, detalha. “É mais uma opção para os pais”, emenda.

Hussein lembra que o Paraná já oferece cursos técnicos e no ano que vem devem ser implantadas quase 30 escolas com ensino integral. “Além das escolas com grades normais, agora teremos mais uma possibilidade que é o colégio cívico-militar. Há muitos pais que querem isso e precisa ser respeitada a vontade dos que desejam. O Estado tem 2,4 mil escolas e apenas 10% poderão ser cívico-militares. Poderão porque se a comunidade escolher não serão”, frisa, ressaltando: “Não existe modelo mais democrático que este”, enaltece.

Direção compartilhada

Questionado se para a implantação será preciso mudar a estrutura da instituição, o presidente da Comissão de Educação da Assembleia explica que há alteração. “A direção é compartilhada entre um diretor civil e uma diretoria militar. Os métodos são mais militares, desde os uniformes, que serão comprados pelo Estado. O modelo é um pouco mais rígido de disciplina. É uma gestão compartilhada e diferente do modelo normal. Há alguns detalhes que remetem à questão de disciplina e respeito, que tanto é preciso nos dias atuais”, opina.

De acordo com Hussein, o aspecto técnico remete à escolha em locais de maior vulnerabilidade social. O parlamentar comenta que este foi o principal item que levou o Governo do Paraná a elaborar o projeto. “Nestes locais a presença do Estado é mais necessária. É importante que a disciplina impere e possa ser colocado o modelo desta forma”, conclui.
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