30/12/2022 | 12:08 | OCP News
Bolsonaro diz que governo eleito vai começar capenga e comenta momento político do Brasil
Reprodução
Na manhã desta sexta-feira (30), o presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento em que prestou contas do mandato e falou sobre o momento político atual do país.

Entre as melhorias conquistadas por seu governo, ele elencou a queda da criminalidade, a ampliação da validade da carteira de motorista para 10 anos (em vez de cinco), o abatimento de até 92% em dívidas com o Fies, a geração de milhões de empregos mesmo com a pandemia e o fato de o imposto federal sobre a gasolina ter sido zerado.

Na segunda parte de sua live, Bolsonaro criticou a campanha eleitoral e disse que ela não foi imparcial. Segundo o presidente, o "outro lado" divulgou mentiras a seu respeito, como o fato de que ele acabaria com o 13º salário.

Em seguida, ele pontuou que seu partido entrou com uma petição para tirar algumas dúvidas sobre o processo eleitoral e ajustar alguns pontos, mas acabou sendo multado em R$ 22 milhões.

"Qualquer medida de força sempre gera uma reação, você tem que sempre buscar o diálogo para resolver as coisas. Não pode dar um soco na mesa e 'não se discute mais esse assunto'. Isso tudo trouxe uma massa de pessoas para as ruas desde o dia seguinte ao resultado das eleições, e essa massa, atrás de segurança, foi para os quartéis", pontuou Bolsonaro.

O presidente disse que o protesto era uma manifestação do povo e que não tinha liderança. Ademais, ele enfatizou que todo protesto, se for pacífico e odeiro, deve ser respeitado.

Segundo o presidente, ao longo de sua vida política, ele viu movimentos de esquerda fazerem protestos violentos e que esses atos nunca foram chamados de "antidemocráticos".

Ainda durante o pronunciamento, Bolsonaro enfatizou que sempre tentou resolver os problemas do país dentro das "quatro linhas da Constituição", mas, segundo ele, mesmo para agir na legalidade, é preciso apoio de outros órgãos e instituições.

"Jamais esperava chegar aqui [na presidência]. Se cheguei aqui, teve um propósito. No mínimo atrasar quatro anos do nosso Brasil mergulhar nessa ideologia nefasta, que é a da equerda, que não deu certo em lugar nenhum do mundo. Não vai ser o Brasil o primeiro lugar a dar certo".

Enfraquecimento da liberdade de expressão

Outro ponto destacado por Bolsonaro foi a liberdade de expressão. Ele afirmou que hoje vê "uma nação que tem medo de mandar um zap, tecer um comentário, mandar um emoji, discutir algum assunto".

Ele disse que o mesmo ocorreu durante a pandemia, quando, segundo suas palavras, as pessoas foram proibidas de discutir a Covid.

"Até a liberdade dos médicos foi tolhida. Não é que o médico tenha o direito, ele tem o dever de buscar salvar a vida do paciente ou diminuir a sua dor, e ele foi tolhido disso", afirmou Bolsonaro.

Críticas ao governo eleito

Em sua live, o presidente Jair Bolsonaro também teceu críticas ao governo eleito, que, conforme ele, já vai começar "capenga".

Ele falou que a violência no país irá aumentar se o novo governo revogar todos os decretos sobre armas e criticou o fato de que, supostamente, a partir de 2023 o imposto federal sobre a gasolina voltará a ser cobrado.

Sobre o evento da posse de Lula, Bolsonaro destacou o fato de que chefes de Estado como Daniel Ortega e Nicolás Maduro deverão estar comparecer. "É o Foro de São Paulo todo presente. Isso é um mal sinal. Onde esse pessoal, com essa ideologia, assumiu, o país ficou pior", afirmou.
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