O Brasil não adotará mais o horário de verão a partir deste ano: o presidente Jair Bolsonaro assinou ontem decreto que extingue a medida, em cerimônia no Palácio do Planalto.
A decisão foi baseada em recomendação do Ministério de Minas e Energia, que apontou pouca efetividade na economia energética, e estudos da área da saúde, sobre o quanto o horário de verão afeta o relógio biológico das pessoas.
De acordo com o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas, Ricardo Cyrino, a economia de energia com o horário de verão diminuiu nos últimos anos e, neste ano, estaria perto da neutralidade.
Cyrino afirmou que o horário de verão foi criado com o objetivo de aliviar o pico de consumo, que era em torno das 18 horas, e trazer economia de energia na medida em que a iluminação solar era aproveitada por mais tempo.
Ele explica que com a evolução da tecnologia, iluminação mais eficiente, entrada de ar-condicionado e também a substituição de chuveiros elétricos, que coincidia com a iluminação pública às 18 horas, deixou-se de ter a economia de energia que havia no passado e o benefício do alívio no horário de ponta, às 6 da tarde.
O horário de verão foi criado em 1931 e aplicado no país em anos irregulares até 1968, quando foi revogado.
A partir de 1985, foi novamente instituído e vinha sendo aplicado todos os anos, sem interrupção.
O secretário afirmou ainda que nos últimos 87 anos de instituição do horário de verão, por 43 anos o país ficou sem adotar a medida e que ela pode ser instituída novamente no futuro.
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