Quando serão liberados os recursos do Plano Safra 21/22. Esse é um dos assuntos mais comentados dos últimos dias. Para esclarecer e atualizar as informações em torno do assunto, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Guilherme Bastos, participou ao meio-dia desta quinta-feira (02), de uma Live pelo Instagram da jornalista Kellen Severo. Ele trouxe dados relevantes sobre os planos safras 21/22 e 22/23.
A expectativa era de que os recursos fossem liberados essa semana, mas situações adversas têm comprometido o andamento deste cronograma. Servidores do Banco Central e do Tesouro Nacional estão em greve e essa situação têm atrapalhado os planos do governo federal. Além do mais, esse anúncio depende do sinal verde da Casa Civil e do Ministério da Economia. O remanejamento orçamentário do governo também provocou esse delay para se ter liberados os recursos, conforme Guilherme Bastos. “Os juros do Plano Safra 21/22 permanecem os mesmos, sem alteração, conforme previamente acordado quando do anúncio do Plano Safra pelo governo e em vigor até 30 de junho”, antecipa o secretário nacional de Política Agrícola do Ministério da Agricultura. A tomada de crédito pelos agricultores com juros subsidiados está suspensa desde fevereiro.
O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura comentou também o anúncio da data de lançamento do Plano Safra 22/23 será na segunda quinzena de junho e descartou qualquer possibilidade dessa data ser prorrogada para o mês de julho. “Mesmo com o cobertor curto, por conta da greve dos servidores do Banco Central e do Tesouro, vamos fazer a divulgação da data de lançamento do próximo Plano Safra na segunda quinzena de junho”, reforçou. A definição ocorreu nesta semana durante reunião entre o Ministério da Agricultura e da Economia.
O Ministério da Agricultura revela que se encontra em estudo a ampliação do teto de renda para o Pronaf e Pronamp, ainda sem resposta definitiva de quando ocorrerá. “O que se sabe é que, quanto menor for a taxa de juros, menos volume de recursos estará disponível”. Essa calibragem envolve as equipes ministeriais juntamente com o Banco Central.
O impacto da elevada taxa Selic é outra preocupação por parte do setor produtivo. Apesar disso, o governo federal informa que essa previsão já incide na taxa de juros prevista, de menos de 10 por cento. Sobre a dúvida se os recursos serem suficientes para suprir a demanda represada e aumento de custos, o Ministério da Agricultura comenta que a princípio não. “Em contrapartida, o foco será fomentar o financiamento privado, para que os produtores sejam atendidos em seus anseios”.
Para concluir, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, o Brasil e o mundo estão ansiosos pelos planos safras. “O mundo precisa desse excedente de produção para atender a necessidade dos países”.
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