Desafio pessoal superado: Rondonense pedala de Marechal Cândido Rondon a Balneário Camboriú
Uma viagem de quase 900 km, mais de 50 horas pedalando. Foi esse desafio que o rondonense Marcos Scherer, mais conhecido como Bolinha, enfrentou para ir até Balneário Camboriú-SC, na primeira semana de janeiro.
Aos 44 anos, Bolinha é ciclista do grupo Corujas Bikers e da Associação Rondonense de Ciclismo. Ele fez sozinho a viagem de Marechal Cândido Rondon a Balneário e, apesar de uns perrengues que passou com o Google, deu tudo certo. Desafio pessoal cumprido e superado
Parece uma ótima ideia pegar a bike e sair pedalando, né?! Mas não é tão simples assim! É preciso se preparar antes de pegar a estrada, além de pensar em todos os perrengues que você pode enfrentar e planejar bem as soluções.
Faz três anos que o Bolinha pedala. Ele passou por uma mudança de estilo de vida nos últimos tempos, mas não dá para dizer que era totalmente sedentário, pois, sempre gostou de praticar atividades físicas.
Competitivo nato, quando serviu ao quartel, também foi soldado destaque do seu pelotão. Porém, na faculdade, parou de praticar esportes. “Era só trabalho, faculdade e festas. Acabei chegando a 122 kg, recorda.
No final de 2015, Marcos passou por um período um tanto quanto turbulento na vida, que lhe transformou e lhe deu uma nova forma física: com aproximadamente 30 kg a menos, ele começou a sentir que precisava encarar novos desafios.
Em 2018, recebeu um convite para começar a pedalar. Mas achou que os trajetos eram extensos demais…
Ele ainda não estava preparado psicologicamente para viver a grande aventura dos pedais. Porém, sua mente foi se abrindo… Como todo ciclista pode provar: pedalar faz bem para o corpo e para a alma e esses benefícios são nítidos. Marcos quem o diga: ele começou a perceber mudanças físicas nos amigos e decidiu aceitar o desafio de pilotar uma bike por aí.
Foi quando aceitou um dos diversos convites para pedalar. Aí, um amigo arrumou uma bicicleta para o Bolinha para que pudesse pedalar com ele e o orientou. “Ele disse para eu usar uma roupa leve já que eu não tinha roupa própria de ciclismo, e em janeiro de 2019, eu comecei a pedalar […]”.
O pequeno grupo de ciclistas rondonenses começou com um pedal noturno. “E os pedais ficaram cada vez mais regulares. Fomos fazendo amizades… E um dia criamos o Corujas Bikers. Hoje somos mais de 80 pessoas”.
Um tempo depois do início das pedaladas, o quadro da bicicleta que Marcos conseguiu emprestada trincou… Ele já não se via mais sem os pedais, por isso, foi e comprou uma bicicleta própria para o ciclismo.
As pedaladas iam muito bem até novembro de 2019, quando num pedal noturno, próximo ao Moinho Henke, Bolinha acabou levando um tombo.
“Quebrei cinco costelas, perfurei o pulmão, quebrei a escápula e a clavícula”. Foi um susto, mas não amedrontou Marcos, não. O rondonense não desistiu dos pedais. Pelo contrário, assim que melhorou, depois quase seis meses longe da bike, várias cirurgias e com um arame segurando a clavícula, Bolinha resolveu voltar às pedaladas. E a paixão do Bolinha pelo pedal é cada vez maior. Ele viu sua autoestima e sua energia aumentarem e queria melhorar seu condicionamento físico para ir mais longe e se desafiar todos os dias um pouquinho mais.
Disposto a pedalar cada vez mais longe, em 2019 mesmo, Marcos topou ir com alguns amigos até Foz do Iguaçu. No dia 7 de Setembro, um grupo colocou as bikes na estrada e seguiu rumo à cidade onde fica uma das maiores cachoeiras do mundo, as Cataratas do Iguaçu.
Marcos falou para o amigo que o acompanhava que deixaria aquela aventura para uma outra oportunidade. Era uma provação dele. Mas, ele estava cansado… e tudo bem deixar esse desafio para um outro dia. O amigo, naquele dia, continuou o trajeto até que sua família foi ao encontro dele.
Até Balneário Camboriú
Com a pedalada até Foz, Bolinha notou que precisava de mais treino físico, caso quisesse ir mais longe em outra ocasião… e ele realmente tinha esse desejo. Então, foi procurar uma academia. Nessa busca, conheceu o Spinning, que é uma forma de exercício com aulas focadas em resistência, força, intervalos, alta intensidade e recuperação, e envolve o uso de uma bicicleta ergométrica estacionária especial com volante pesado. Marcos estava pedalando nas terças, quintas e domingo. E nas segundas e sextas fazia Spinning.
Passaram-se alguns meses e a motivação de Bolinha era tão grande que ele já tinha, inclusive, definido seu próximo destino de pedal: Balneário Camboriú, a cidade turística de Santa Catarina com grandes edifícios e praias, onde uma de suas filhas mora. Bem preparado, motivado e inspirado pelos amigos, Marcos tinha certeza de que dessa vez faria o trajeto com sucesso.
Chegou o mês de novembro, “todo mundo começou a ir para a praia”. Nas redes sociais não dava outra coisa e Marcos decidiu ir também, porém, pedalando
Bolinha contou que sempre quis fazer um desafio como esse. Ele até convidoualguns amigos, mas, no final das contas, o período do ano não ajudou muito para que alguém pudesse ir com ele… familiares em casa, festas de final de ano sendo programadas… Nada disso desanimou Marcos, que realizou o sonho de ir pedalando para o litoral catarinense.
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