Crise climática dos últimos 2 anos fez Paraná perder quase R$ 15 bi na Agricultura
A crise climática que atinge o Paraná desde 2020 impactou diretamente a Agricultura e pode ter gerado uma perda de quase R$ 15 bilhões aos cofres do Estado.
A revelação foi feita pelo secretário de Agricultura e do Abastecimento do Paraná (SEAB), Norberto Ortigara, nesta segunda-feira (20), seguida de uma projeção da área para 2022.
Ortigara disse que dentro dos seus "43 anos de vida" na Agricultura, esta crise climática que perdura no Paraná, hoje, é uma das mais severas da história.
"Este ano foi marcado por uma profunda crise climática. Trata-se da continuidade da crise hídrica, já começada em 2020 e, pelo menos, três eventos de geadas severas. No conjunto, esses dois problemas (falta d? água e geadas) provocaram uma perda bilionária", disse.
As safras e produção de milho, aveia, trigo, cevada, cana e laranja foram as mais atingidas. Elas que resultaram na perda de quase R$ 15 bi.
"Nós perdemos mais de 9 milhões de toneladas de milho da segunda safra. Laranja nós perdemos pelo terceiro ano seguido. Em 2021, nós perdemos muita safra e a produção foi encolhida, e tínhamos uma perspectiva de uma boa recuperação. Plantamos toda a safra de primavera e verão com expansão de área e perspectiva de crescimento na produção. Entretanto, a ausência de chuvas regulares devido ao La Niña nos faz perder 'nível de primavera', soja, feijão e outras coisas", falou.
Agricultura no Paraná em 2022
O secretário também destacou que não será surpresa caso 2022 traga novas perdas, mesmo com a boa perspectiva de investimentos e adoção de diversas políticas inovadoras para a Agricultura no Paraná.
"Nós temos uma boa perspectiva de fazer uma boa safra de milho, a chamada 'safrinha' que plantamos na metade de janeiro. Uma segunda ou terceira safra de feijão. Há o nosso esforço em expandir a produção de cereais de inverno no Paraná", comentou.
Turismo rural no Paraná
Ortigara ainda pontuou que serão feitos esforços para o aumento de investimentos na Agricultura paranaense, de um modo geral. No entanto, o secretário também relembrou a força do turismo rural, e outras formas de arrecadação pelo Estado, que vão além das exportações.
"É uma fonte boa de receita para os agricultores. Seja na forma de cicloturismo, caminhada na natureza, espaços onde o agricultor recebe pessoas das cidades e pode fazer seu pequeno comércio. É algo que retomamos e vamos continuar em 2022", finalizou.
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