16/12/2021 | 18:50 | RPC Londrina e g1 PR
Polícia apreende material satânico em operação contra suspeitos de apologia ao nazismo, no Paraná
Policia Civil
Materiais satânicos e uma arma de airsoft foram apreendidos pela Polícia Civil, no Paraná, durante uma operação contra um grupo extremista que fazia apologia ao nazismo e disseminava ódio a negros e judeus em redes sociais.

A operação foi coordenada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Ao todo, são cumpridos quatro mandados de prisão e 31 de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

No Paraná, a polícia cumpriu três mandados de busca e apreensão em Londrina, no norte do estado, Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, e Campina da Lagoa, no oeste.


Os materiais satânicos foram encontrados na casa de um jovem de Campina da Lagoa. A polícia disse que o rapaz foi lavado para a delegacia, onde foi ouvido e liberado.

Em Londrina e Araucária, a Polícia Civil informou que nada de irregular foi encontrado.

O material apreendido no Paraná será encaminhado para o Rio de Janeiro.

A operação
Até a publicação desta reportagem, três pessoas tinham sido presas. As prisões foram em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense; em Valença, no Centro-Sul do RJ; e em Suzano, na Região Metropolitana de São Paulo. Lá, a polícia apreendeu facões, arco e fechas e livros sobre o nazismo.

As investigações da Operação Bergon duraram sete meses e começaram após um alerta do Cyber Lab e da Homeland Security Investigations (HSI), órgãos do governo dos EUA.

Ainda em maio, a partir dessas informações, agentes da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav) prenderam um homem. A polícia apreendeu com ele um computador, um telefone e quatro videogames.

Na análise dos aparelhos, agentes da Dcav descobriram que ele mantinha contato com adultos e menores e integrava grupos de WhatsApp cujos membros se autodeclaram nazistas, ultranacionalistas e nacional-socialistas.

O nome da operação faz alusão à freira francesa Denise Bergon, que usou seu convento para abrigar crianças judias entre alunos católicos durante a Segunda Guerra Mundial, evitando que fossem capturadas pelos nazistas.
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