Quem pretende começar a investir deve estudar o mercado financeiro e conhecer os diferentes tipos de investimento disponíveis. Segundo representantes da área, conhecer as características de cada ativo é o caminho recomendado para avaliar quais são compatíveis com o perfil e os objetivos do investidor.
Rentabilidade, segurança e liquidez são os três principais aspectos que devem ser analisados pelo futuro investidor. A orientação é válida tanto para os investimentos tradicionais e mais populares, como o Tesouro Direto e ações, quanto para a classe dos alternativos, como o private equity. Estes envolvem a aquisição de participação em empresas com alto potencial de crescimento e rentabilidade, por meio da compra de ações ou de outros valores mobiliários, de acordo com a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital.
Além de avaliar as características, o futuro investidor deve entender a dinâmica de cada operação, segundo orientação da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Dessa forma, é preciso estar ciente sobre como o investimento é realizado, se há tributação e cobrança de taxas administrativas, dentre outras informações.
Também é necessário compreender o contexto econômico, nacional e internacional, já que o comportamento dos investimentos varia de acordo com as oscilações do mercado. Por isso, uma das estratégias apontadas por especialistas é diversificar a carteira para diluir os riscos e equilibrar os resultados.
Perfil e objetivos
A análise do próprio perfil também é recomendada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que considera necessário avaliar qual é a tolerância do investidor aos riscos.
Aqueles que possuem perfil conservador, priorizam a segurança das operações. Quem tem o perfil moderado, dispõe-se a arriscar um pouco mais, em busca de aumentar o retorno financeiro. Já o perfil arrojado prioriza a lucratividade, mesmo que o investimento seja mais arriscado.
Segundo a CVM, essa análise não é restritiva, mas serve como base para orientar as escolhas entre um ou outro investimento, até porque o mais aconselhável é construir uma carteira diversificada.
A agência reguladora também estabelece outros dois perfis de investidores, para os quais é permitido aplicar em ativos mais sofisticados. Os primeiros são os investidores qualificados, que precisam ter, pelo menos, R$ 1 milhão em patrimônio investido. Já os profissionais devem ter, ao menos, R$ 10 milhões em ativos. Estes podem aplicar em produtos financeiros mais complexos, que não estão disponíveis ao investidor comum.
Também é possível se tornar investidor qualificado, obtendo certificações do mercado de capitais emitidas por entidades como a Anbima, a Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec) e a Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias (Ancord).
Antes de investir, é importante definir quais são os objetivos da aplicação. Conforme a CVM, essa informação permite avaliar qual é a rentabilidade esperada e o prazo para o investimento.
Tipos de investimentos
Os investimentos tradicionais são negociados por meio de bancos e corretoras e se enquadram como renda fixa ou renda variável. Na primeira modalidade, estão aqueles em que é possível prever a rentabilidade no momento da compra e, por isso, são considerados mais seguros. Títulos públicos, certificado de depósito bancário (CDB), letra de crédito imobiliário (LCI) e letra de crédito do agronegócio (LCA) estão entre as opções.
Já os investimentos tradicionais em renda variável são aqueles com maior potencial de retorno financeiro, porém mais arriscados, listados na Bolsa de Valores. Nesse grupo estão as ações, os fundos de investimento imobiliário (FIIs) e os fundos de índice (ETFs), dentre outros.
A classe de investimentos alternativos não é negociada na Bolsa de Valores nem no mercado de Balcão, sendo uma alternativa às modalidades tradicionais. O investidor torna-se sócio ou financia empresas com potencial de crescimento.
A aplicação é feita por meio de fundos de investimento em participações (FIPs) ou por plataformas de investimentos alternativos, também chamadas de equity crowdfunding. Esta classe de ativos traz dois benefícios principais para a carteira dos seus investidores: melhor diversificação, pois são ativos não correlacionados a investimentos tradicionais; e maior potencial de retorno no longo prazo.
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