10/12/2021 | 14:32 | Preto no Branco
Polícia Civil conclui inquérito sobre desaparecimento de empresária Edna Storari de Marechal Rondon
Preto no Branco
Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (10), o delegado Rodrigo Baptista Santos deu detalhes sobre o desaparecimento e morte da empresária de Marechal Cândido Rondon, Edna Storari, de 56 anos.

Já se foram 82 dias desde o desaparecimento da empresária. Como o sumiço dela só foi informado para a polícia uma semana após supostamente ela ter sido morta são 75 dias de investigação. O delegado informou que a demora para informar o desaparecimento acabou prejudicando o levantamento de algumas provas.

O desaparecimento da mulher aconteceu no dia 20 de setembro e só foi registrado no dia 27 de setembro, quando as filhas do primeiro casamento da empresária procuraram a delegacia para relatar que a mãe estava desaparecida e que o padrasto não havia feito a comunicação do ocorrido.

Segundo o delegado, as investigações apontam que um dia antes da morte de Edna, em 19 de setembro ela teve um encontro com uma amiga e contou que teve uma briga por motivos banais com o marido e também teria relatado que pretendia se separar.

No dia 21 quando ela já estaria morta, mensagens foram enviadas pelo celular de Edna para as filhas dela, mas os erros de grafia cometidos levantaram a suspeita que não era a empresária que escrevia. Neste mesmo dia o marido de Edna enviou outra mensagem para o filho, informando que ao chegar em casa colocaria o 'negócio' na Van. A polícia suspeita que seria o corpo da rondonense.

Outras atitudes estranhas do marido de Edna confirmaram a suspeita da polícia que ele tinha envolvimento no crime: ele apagou todos os arquivos do celular dela alegando que ela havia viajado para o Paraguai com amigos missionários e teria pedido que ele fizesse isso; o marido de Edna também pediu aos vizinhos para que deletassem imagens de câmeras de segurança, causando estranheza aos investigadores.

Uma mancha, possivelmente de sangue, foi encontrada dentro de uma Van pertencente à empresa. A polícia coletou indícios e enviou à Curitiba onde será feito um exame mais minucioso com luminol para ver se realmente é sangue. "O luminol pode detectar outras substâncias além de sangue, por isso é preciso esperar um laudo mais apurado para ter certeza,'' explicou o delegado.

O marido e o filho dele devem ser indiciados pelos crimes de femicídio e ocultação de cadáver. A filha do principal suspeito e o genro que também são suspeitos, devem responder por participação intelectual para ocultação de provas.

Em relação ao paradeiro do corpo, a polícia até agora não tem pistas do que teria acontecido. "Foram levantadas várias hipóteses que circularam pela cidade e nenhuma delas foi confirmada, mas as investigações para  localizar o paradeiro do corpo irão continuar”,  disse Rodrigo.

Os suspeitos do crime permanecem presos.
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