19/12/2018 | 19:39 | Radio Difusora
Após greve, principal reivindicação dos caminhoneiros ainda não foi atendida
Sete meses após o fim da greve dos caminhoneiros, em maio, a principal reivindicação da categoria ainda não virou realidade.
A tabela não vigou nem mesmo sob a ameaça de multas

Embora tenha sido editada e publicada no mês seguinte, a tabela de preço mínimo do frete jamais chegou a entrar em vigor de fato, nem mesmo sob a ameaça de multas.
No Oeste do Paraná, por exemplo, a determinação legal de valores não vem sendo cumprida especialmente no transporte de cargas a granel, como os grãos de soja e milho.
A região é a maior produtora de grãos do Estado com cerca de 10 milhões de toneladas por ano.
Somente a safra de soja, que está em curso neste momento, deve colher algo em torno de 3 milhões e 900 mil toneladas de grãos.
Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Oeste do Paraná, Wagner Adriani de Souza Pinto, a tabela até chegou a vigorar na região por pouco tempo logo após sua criação, mas logo deixou de ser aplicada e, neste momento, o que tem prevalecido de verdade é a lei estabelecida pelo mercado: a da oferta e da procura.
Ele menciona que o problema é que o tabelamento está fora da realidade de mercado e foi elaborado no calor da emoção, influenciado pelo fim de uma greve histórica e que levou o País ao caos.
Para Wagner, há uma possibilidade, inclusive, de a tabela nem ser efetivamente aplicada no auge da colheita e do transporte de grãos, o que ocorre de janeiro a abril.
Isso porque os setores produtivos e dos transportes já se articulam para tratar do tema com o presidente eleito Jair Bolsonaro no primeiro trimestre de governo.
Bolsonaro, por sua vez, já teria sinalizado o interesse em revisar o tabelamento.
Os valores praticados para as cargas a granel variam de 15% até 25% mais baixos que os determinados pelo tabelamento da Agência Nacional de Transportes Terrestres.
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