O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) será nomeado nesta segunda (5) ministro extraordinário para coordenar a transição com o governo Temer. Ele já foi anunciado por Bolsonaro como ministro da Casa Civil.
Além dele, outros quatro nomes foram confirmados: general Augusto Heleno (Defesa), Paulo Guedes (Economia), Sergio Moro (Justiça) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia).
A lista pode chegar a 17, a depender de como será o desenho final da Esplanada dos Ministérios.
Um dos principais pontos de controvérsia sobre a estrutura ministerial são as fusões de pastas. A que mais gerou polêmica até agora foi a junção de Agricultura com Meio Ambiente.
A medida, bandeira da campanha presidencial, rendeu críticas de ruralistas e ambientalistas e divide a base de apoio do presidente eleito.
O futuro ministro da Casa Civil confirmou na terça-feira (30) a fusão. Na quarta-feira (31), o ruralista Nabhan Garcia, presidente da UDR (União Democrática Ruralista), disse que o presidente eleito tinha revisto a decisão. No dia seguinte, Bolsonaro admitiu rever a junção.
"Isso aí do Meio Ambiente com a Agricultura é uma coisa polêmica. O próprio Bolsonaro já falou que não quer criar problema. A não separação pode criar problema sério, por isso que ele está disposto a não separar. Mas não bateu martelo, não", disse à reportagem o general Augusto Heleno, anunciado ministro da Defesa.
Segundo Heleno, o vaivém é natural e não há motivo para pressa na definição dos ministérios.
A partir desta segunda, passam a estar formalmente nomeados no governo de transição 24 pessoas, cujos nomes foram fechados por Lorenzoni e Bolsonaro na última semana.
O grupo conta com oito indicações do chamado "grupo Brasília", coordenado por militares que ajudaram a escrever propostas de governo para Bolsonaro. Guedes tem direito a 12 indicações, Mourão também escolheu dois aliados e, Bolsonaro, os ex-dirigentes do PSL Gustavo Bebianno e Julian Lemos.