22/03/2022 | 18:39 | Ana Davini
Paranaense quer ser primeiro brasileiro a escalar todas as montanhas com mais de 8 mil metros de altitude
Arquivo Pessoal
Existem 14 montanhas no mundo com mais de 8 mil metros de altitude -- a maior e mais popular é o Monte Everest, localizado na Cordilheira do Himalaia, na Ásia, com 8.848 metros. Resistência ao frio e às grandes alturas, além de um bom psicológico, são a chave para conquistar esses cumes.

Até hoje, apenas 44 pessoas foram capazes de completar o circuito. Sem auxílio de oxigênio suplementar, o número é ainda inferior: 19. Agora, o paranaense Moeses Fiamoncini quer ser o vigésimo no mundo e o primeiro brasileiro a entrar para esse seleto grupo.

Para atingir o objetivo, ele deu início ao Projeto Himalaias 8000. A ideia é conquistar as 14 montanhas até a primavera brasileira de 2023 (entre setembro e dezembro). Duas delas já foram escaladas: K2 e Nanga Parbat. Além disso, ele também fez duas delas com oxigênio - Manaslu e Everest -- para ver como seu corpo reagiria a tal altitude, e agora vai tentar repetir o feito sem.

Paixão pela altitude

Moeses Fiamoncini descobriu a escalada e o montanhismo enquanto morava em Portugal. À época, poupava a maior parte do salário que ganhava como garçom, lavador de carro e pintor para gastar com aprimoramento técnico e condicionamento físico. Seu objetivo sempre foi conquistar vários cumes ao redor do mundo.

A primeira montanha com mais de 8 mil metros de altitude que escalou foi o Manaslu, em 2018, mas com oxigênio. A empreitada deu confiança para, no ano seguinte, conquistar o Everest (novamente com oxigênio), o Nanga Parbat e o K2. O alpinista escalou os três montes em um período de 62 dias -- um recorde brasileiro. Também foi nesse momento que percebeu que tinha condições para realizar o esporte sem auxílio de oxigênio suplementar.

Em 2013, Fiamoncini começou a guiar amigos e familiares, o que lhe deu gabarito para abrir três anos depois sua empresa de expedições, que hoje chama Vertex Treks. Com o alpinista como guia, a companhia organiza expedições de trekking e escalada em seis destinos espalhados pelo planeta. Todo o valor arrecadado com as viagens é revertido para a realização do Projeto Himalaias 8000.

Em busca de patrocínio

Estima-se que o custo total do Projeto Himalaias 8000 fique em torno de US$ 212.500 (cerca de R$ 1 milhão). Logo, a obtenção de patrocínio se torna uma condição essencial para realizar o circuito.

Fiamoncini planeja, ao final do projeto, desenvolver ações sociais em escolas, começando pela periferia de Curitiba (PR), onde ele mesmo estudou. A ideia do montanhista é promover palestras para as crianças e instalar pequenos boulders de escalada em escolas municipais.
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