01/02/2022 | 18:35 | G1 Paraná
Mulheres vítimas de violência poderão receber auxílio-moradia de quase R$ 900
Giuliano Gomes/PR PRESS
Mulheres em situação de violência, que tenham utilizado o serviço de acolhimento institucional de Guarapuava e que não tenham moradia própria, estarão aptas a receber novo auxílio da prefeitura no valor de R$ 848.

O recurso, oriundo do programa municipal “Minha Casa Sem Violência”, está sendo ofertado desde segunda-feira (31), quando a iniciativa passou a vigorar.

O subsídio foi criado a partir da Lei Municipal 3144/2020, que instituiu no município o programa de auxílio-moradia emergencial.

Segundo a prefeitura, as mulheres serão encaminhadas para inclusão no programa de auxílio conforme avaliação das equipes multidisciplinares que acolhem as vítimas de violência.


Funcionamento
De acordo com Priscila Schran, secretária de políticas públicas para as mulheres de Guarapuava, o novo subsídio terá validade de 6 meses.

Pela lei, o benefício poderá ser prorrogado uma única vez, pelo mesmo período de vigência inicial.

“Com esta ação estamos oferecendo um lar seguro para quem passa por tanta violência dentro da própria casa. Esse é o passo crucial para a mulher reiniciar a vida dela”, explicou Priscila.
Subsídio
Para cada mulher, o dinheiro disponibilizado corresponde a 70% do salário mínimo nacional e poderá ser usado para pagamento de aluguel, luz, água, gás e outras despesas domésticas.

Segundo a prefeitura, a expectativa é de que até 25 mulheres possam ser beneficiadas pelo subsídio em 2022. A prefeitura não informou, entretanto, quantas mulheres utilizaram o serviço de acolhimento municipal em 2021.

Dados do Centro de Referência e Atendimento à Mulher em Situação de Violência (CRAM) dão conta que 51% das mulheres atendidas em 2020 não possuíam casa própria.

Acompanhamento
Além do auxílio-moradia, as mulheres assistidas terão acompanhamento constante da equipe técnica do CRAM. Entre as atividades a serem desenvolvidas, está a criação de planos individuais para a reinserção social das vítimas.

De acordo com o CRAM, os trabalhos serão voltados para as áreas da assistência social, saúde, educação, trabalho, habitação entre outras, de acordo com as necessidades de cada mulher.
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