A conta de energia elétrica fica 9,89% mais cara no Paraná, para os consumidores residenciais, a partir desta quinta-feira (24). Considerado a reposição inflacionária, o aumento real é de 8,97%. Para os consumidores de alta tensão, o reajuste foi um pouco maior, de 9,57%. O aumento foi aprovado nesta terça-feira (22), em Brasília, pela ANEEL – a Agência Nacional de Energia Elétrica – e vale para todos os consumidores da Copel.
Entre os motivos para o aumento estão o acionamento das usinas termoelétricas, que tem um custo de geração de energia mais elevado. Essas usinas somente são acionadas quando a capacidade de geração das usinas hidrelétricas não é suficiente para atender a demanda. O Brasil enfrenta um cenário de escassez de chuvas, por conta da estiagem, e as usinas que geram energia a partir da água estão operando abaixo de sua capacidade, devido ao tempo seco.
Outro fator que impacta o preço da energia é a variação do dólar. Apesar de operar no Brasil, a energia comercializada pela Itaipu é vendida à Copel em dólar, o que acaba por encarecer o preço do produto no mercado interno.
Segundo a ANEEL, o reajuste autorizado seria ainda maior, não fosse um empréstimo concedido ao setor elétrico, para reduzir os impactos financeiros causados ao setor pela pandemia da Covid-19. Não fosse esse aporte financeiro, o reajuste para o consumidor residencial poderia chegar a 13%. O novo valor da tarifa de energia foi definido a pedido da Copel, na revisão anual de tarifas da ANEEL. A Companhia Paranaense de Energia atende a 4,8 milhões de consumidores e está presente em 394 dos 399 municípios do Paraná.
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